Virgínia vota para abolir pena de morte

Democratas no controle da Câmara e do Senado estadual aprovaram a proibição de execuções no estado da Virgínia e agora o governador Ralph Northam diz que assinará projeto de lei fazendo da Virgínia o 23º estado e o primeiro no Sul para proibir a pena capital.

Em todo o país a Virginia foi a que realizou mais execuções do que qualquer outro dos 50 estados americanos, foram quase 1.400,  desde sua fundação como colônia no início de 1600.

Em todo o país, o uso da pena atingiu o pico no final da década de 1990, chegando a 98 execuções em 1999, e a cada ano a têndencia foi de queda. A maioria dos americanos ainda é a favor da pena de morte, de acordo com uma pesquisa recente da Gallup. Mas pesquisas na Virgínia mostraram mais oposição eleitoral.

Nenhum estado cumpriu uma sentença de morte desde julho, com uma série de execuções interrompidas ou atrasadas por precaução relacionada ao coronavírus.

O governo do ex-presidente Donald Trump retomou execuções federais e colocou 13 presos federais à morte entre julho de 2020 e sua saída da Casa Branca em janeiro.

O sucessor de Trump, Joe Biden, prometeu abolir a pena de morte federal.

Os apoiadores da abolição desta lei e legisladores concordam que nos últimos anos mais e mais americanos perderam o apetite para matar cidadãos como uma punição criminal. Uma prática com raízes profundas na escravidão e o racismo que enquadrou um sistema econômico baseado na supremacia branca.

O sistema em si está sujeito a manipulação, tornando o resultado muito pouco confiável para determinar se alguém deve morrer, o que requer milhões de dólares em despesas legais para tentar garantir que os inocentes não sejam executados. O processo é arrastado por tanto tempo, que perde todo o propósito.

“A pena de morte da Virgínia é uma relíquia do passado, uma política pública fracassada que desperdiça recursos, mata pessoas inocentes e não torna o público mais seguro.”