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Civilização ecológica: uma estratégia do Partido Comunista Chinês

Civilização ecológica: uma estratégia do Partido Comunista Chinês
A China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Mas também está na frente da inovação em energia renovável e

A China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Mas também está na frente da inovação em energia renovável e tem alguns dos maiores projetos de conservação do meio ambiente.

Pequim está tentando alcançar as emissões líquidas de carbono zero até o ano de 2050. Isso significa não contribuir com gases adicionais para o efeito estufa na atmosfera.

Na cúpula climática da ONU recentemente, vários países incluindo a China anunciaram novas metas de descarbonização até 2050. No entanto, será a China está preocupada com as mudanças climáticas ou é mais uma demonstração de poder?

Yifei Li é pesquisador ambiental na Universidade de Xangai e coautor do recente livro “China Goes Green: Coercive Environmentalism for a Troubled Planet“, com a pesquisadora de política ambiental Judith Shapiro, que fala porque o povo e o meio ambiente ganham com um governo mais ambientalista e sua visão sobre os novos projetos da China.

O Governo chinês está com uma nova campanha com o nome “civilização ecológica” como uma estratégia nacional, o Partido Comunista Chinês tenta restaurar a glória da China antiga. E tem vendido em historiografia oficial que a China teve um passado glorioso.

Xi Jinping, Presidente da República Popular da China desde 2013, diz que “construir uma civilização ecológica é vital para sustentar o desenvolvimento da nação chinesa”. É uma visão holística para uma China socialista florescente que respeita e valoriza o meio ambiente e o protege para o futuro. É um projeto de longo prazo que inclui a economia circular, a energia limpa, a restauração da terra e a beleza das paisagens da China.

Essa estratégia do Partido comunista Chinês tem como objetivo: ser o país pioneiro em construir uma civilizacional exclusivamente ecológica.

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Painéis solares no condado de Ruicheng, na província de Shanxi, no centro da China.

O objetivo da proteção ambiental é nobre e importante, mas segundo Yifei Li, o que o governo chinês parece estar fazendo sistematicamente é usar a proteção ambiental para alcançar fins autoritários, com o pretexto do ambientalismo para exercer controle sobre as comunidades. Li cita:

  • Tecnologias de reconhecimento facial para controlar como os cidadãos classificam seu lixo e reciclam.
  • Sob o pretexto de uma iniciativa de parque nacional ou programa de conservação, eles estão sistematicamente realocando grupos étnicos minoritários para criar novos parques nacionais.
  • Sobre o que a China chama de Iniciativa cinturão e estrada, o governo está buscando muitos acordos entre governos, mais uma vez em nome da proteção ambiental.
  • Usando a proteção ambiental como uma razão para intensificar a manipulação comercial.

Apesar desses projetos serem categoricamente insensíveis às vozes dissidentes, o governo chinês tem conseguido momentos bem sucedidos do ambientalismo coercitivo, quando o Estado está aberto a reclamações públicas de todos os tipos de canais não estatais. Exemplo dado por Li:

  • O governo chinês desenvolveu um aplicativo que se chama Black and Smelly Waters, que todo mundo pode baixar. Agora, através deste aplicativo, as autoridades locais estão recebendo informações do público. Quando alguém vê um corpo de água poluído, tirar uma foto e envia para o governo através deste aplicativo e o governo então envia seus inspetores.

A China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Eles também têm um dos planos mais ambiciosos para se tornarem um país neutro em carbono, com o objetivo de alcançar emissões líquidas zero, até 2050. Mas segundo Li, o governo chinês essencialmente se concedeu ou concederá a si mesmo um poder abrangente na determinação de quem terá esses créditos de emissão e conservação.

Para Yifei Li o resto do mundo, nos próximos anos, não estará essencialmente seguindo os passos ambientais da China,
muitas das coisas que a China vem fazendo são de fato benéficas ambientalmente, pelo menos no curto prazo. Mas obter ganhos ambientais sem olhar custos sociais e culturais terão outros impactos que são negativos.

Esta é uma oportunidade para o mundo inteiro se unir para deliberar melhor é o tipo de futuro que queremos.

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Apaixonado por ciência e tecnologia além de programação é claro! Fundador do site Science Tech News.

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