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O que é preciso para combater a desinformação cientifica de um país?

O que é preciso para combater a desinformação cientifica de um país?
O que é precisa ser feito para proteger a credibilidade de cientistas e combater a desinformação cientifica de um país? O ano de

O que é precisa ser feito para proteger a credibilidade de cientistas e combater a desinformação cientifica de um país? 

O ano de 2020 e a pandemia desafiaram a política, econômica e a sociedade como nunca antes na história, alguns países enfrentaram a dificuldade e a própria pandemia com maior êxito, porem outros como o EUA e Brasil se viram em uma situação lamentável, onde brigas políticas e Fake News atuaram para dividir a população e crescer a desinformação cientifica dentro de seus próprios países.

É possível que líderes políticos atuem contra a educação e conhecimento de seu próprio povo?

O combate a pandemia tem sido desigual no mundo todo, derrubou séculos da doutrina que apreendemos nas escolas, onde assimilamos que o conhecimento, principalmente cientifico é a base de uma sociedade evolutiva.

De fato, foi possível ver que a desinformação foi e ainda é imperativa por diferentes governantes no mundo todo. Mas também foi possível ver como nunca visto antes a sociedade cientifica e profissionais de saúde atuando fora de seus ambientes para além do combate a crise sanitária também lutar contra a desinformação cientifica.

Desinformação desenfreada explodiu nas redes sociais e nos serviços de mensagens

O ano de 2020 também foi o que podemos ver o quanto as redes sociais e aplicativos de mensagens são relevantes em nossas vidas, positiva e negativamente. Nós individualmente sabemos a importância das redes e seu efeito favorável para si próprio. Mas, e quando a desinformação que somos vítimas? Essa pergunta é mais pertinente do que nunca.

Um experimento online de dezembro de 2019 na Argentina, em que os entrevistados leram e responderam à qualidade das notícias sobre vacinas e mudança climática, podem contribuir para responder a essa pergunta.

Este estudo foi realizado pela autora, María Celeste Wagner (Universidade da Pensilvânia, EUA),Eugenia Mitchelstein (Universidade de San Andrés, Argentina) e Pablo J. Boczkowski (Universidade Northwestern, EUA),atuando como consultor externo.

Ao contrário das narrativas que enfatizam o poder persuasivo de algumas informações incorretas, o experimento mostrou que o público argentino consegue diferenciar fatos de falsidades e não aceita cegamente informações de contatos pessoais, muitas pessoas foram muito críticas ao ler notícias sobre diversos temas científicos.

Isso pode estar parcialmente relacionado a um ceticismo generalizado na Argentina e à desconfiança em relação às informações que se acredita serem enviadas por contatos pessoais.

No brasil?

Segundo dados de uma pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos, os brasileiros são os que mais acreditam em Fake News (notícias falsas) no mundo. De acordo com o estudo, no Brasil, 62% dos entrevistados admitiram já ter acreditado em alguma notícia falsa. Em outra pesquisa feita pelo Avaaz mês maio de 2020, revela que 73% dos brasileiros acreditam em notícias falsas sobre o COVID 19.

Estados Unidos
Em entrevista para a emissora cristã Trinity Broadcasting Network, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump assumiu para si a criação do termo ‘Fake News’, o que também é uma mentira! Porque a expressão existe desde o século 19, segundo dicionário.

Verdadeiramente é pertinente nos perguntarmos há coincidente relação entre Brasil e EUA serem os recordistas em mortes por COVID 19 e estarem no mesmo patamar em relação a desinformação?

O que é preciso para combater a desinformação cientifica de um país?

Com a atual enxurrada de desinformação e “notícias falsas” minando as democracias em todo o mundo, um documento de consenso que resume a ciência da desmistificação foi publicado por uma equipe de 22 proeminentes pesquisadores da desinformação e sua desmistificação.

O Manual de Desmistificação 2020 foi disponibilizado gratuitamente ao público, formuladores de políticas, jornalistas e outros profissionais e é um documento de entendimento que reflete a compreensão dos especialistas da ciência da desmistificação. Este manual ajuda a explicar a melhor forma de combater a desinformação, ou seja, desmascarando intensamente ou inoculando as pessoas contra informações enganosas antes que elas sejam encontradas.

Mais informações: Downloadem inglês
Lewandowsky, S., et al. The Debunking Handbook 2020. DOI: 10.17910 / b7.1182 climatechangecommunication.org

Em outro estudo publicado em artigo, Justin Farrell e colegas da Escola de Yale de Silvicultura e Estudos Ambientais (F&ES) descreveram quatro estratégias para combater a desinformação, a pesquisa é baseada em evidencias de casos no EUA, segue abaixo os recursos, O estudo foi publicado na Nature.

Transmissão pública:
Percepções individuais são fortemente influenciadas por nossa cultura o conjunto de ideologias e valores pré-existentes que possuímos. No entanto, há cada vez mais evidências mostrando que podemos usar isso contra a desinformação. Essa estratégia pode ser muito eficaz se feita rapidamente, antes que a desinformação se espalhe e se mais atenção for dada às fontes da desinformação.

Estratégias jurídicas:
Empresas, indústrias e pessoas influentes enganaram intencionalmente seus clientes, público e o povo. Como resposta, em muitos lugares existem grandes processos judiciais contra quem pratica isso, embora a esfera judicial seja demorada, o efeito punitivo pode ser muito maior para quem trabalha com a desinformação. O que falta é uma legislação mais rígida para com quem lucra com a informação falsa, principalmente quando vêm de grandes empresas ou indivíduos com influência. Porque embora os danos nem sempre sejam mensuráveis eles sempre vão existir.

Mecanismos políticos:
Como a opinião pública, a opinião política também é influenciada, mas a maneira exata como isso acontece é difícil de conceituar.

Colocar casos sob os holofotes e discutir opiniões de mais candidatos políticos sobre assuntos pertinentes, pode ser muito útil para que líderes responsáveis consigam resolver problemas com maior analise. É muito comum vermos casos revertidos após a opinião pública se manifestar sobre alguma ação política, medida provisória ou decreto mal elaborado.

Transparência financeira:
“Seguir o dinheiro” geralmente é um plano muito bom. O número de campanhas que promovem a desinformação científica, vindas de fundações dirigidas por doadores que protegem a identidade, cresceu dramaticamente nos últimos anos. Isso é feito especialmente para tornar difícil saber quem são os autores da campanha de desinformação e para espalhar a névoa em torno da trilha do dinheiro.

Quantas vezes já ouvimos que os cientistas estão “mentindo sobre as mudanças climáticas para conseguir dinheiro para pesquisas”, quando a realidade não poderia estar mais longe da verdade.
Em muitos países a legislação obriga a transparência do financiamento, porem em outros países isso não é praticado por que as vezes é necessário proteger a identidade do doador, mas seria importante leis mais apropriadas pelo menos para casos mais polêmicos.

Pode ser feito mais?

Certamente existem muitas alternativas além dessas descritas acima, mas a base para o combate da desinformação são as regras de um país.

Um caso muito sólido disso é o dos Estados Unidos, onde o presidente pode falar o que lhe convir, disseminar a desinformação, incitar o ódio através de mentiras e Fake News, porque a lei o permite falar, mesmo que seja uma mentira, parece não existir consequências para um líder político neste sentido, seu perfil criado Twitter só foi removido por ação da própria rede social, onde na verdade o correto era ser barrado há muito tempo por meios legais.

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Publicado por:
Apaixonado por ciência e tecnologia além de programação é claro! Fundador do site Science Tech News.

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