Skip to content

Fatos e Curiosidades sobre a Revolução Farroupilha

Fatos e Curiosidades sobre a Revolução Farroupilha
A Revolução Farroupilha é com certeza o acontecimento mais festejado do Rio Grande do Sul, e também sobre o qual mais se escreveu em

A Revolução Farroupilha é com certeza o acontecimento mais festejado do Rio Grande do Sul, e também sobre o qual mais se escreveu em termos regionais. É o episodio do qual a historia rio-grandense tem a inclusão mais clara na historia do Brasil.

Dentro de uma propensão idealista os arautos da historia regional celebraram os feitos de seus heróis. Um dos conflitos mais longos da Província contra o Império estendeu-se de 20 de setembro de 1835 ate 01 de março de 1845 ( total de 3466 dias) onde morreram pouco mais de 3000 pessoas.

Motivos que ocasionaram a Revolta Farroupilha

A principal causa da Revolta Farroupilha foi a insatisfação com os altos impostos sobre o charque produzido no Rio Grande do Sul. O imposto cobrado sobre o produto ao chegar no Rio de Janeiro era de 25%, enquanto o charque importado do Uruguai era taxado em apenas 4%. Essa disparidade tributária prejudicava economicamente os produtores gaúchos, que tentaram negociar a redução dos impostos junto ao Senado, mas seus pedidos foram recusados.

Outro fator de descontentamento foi a nomeação de presidentes provinciais sem a aprovação dos estancieiros locais. Os grandes fazendeiros (estancieiros) sentiam-se desrespeitados e marginalizados nas decisões políticas, o que intensificou a insatisfação e fomentou a revolta.

Com o passar do tempo, a Revolução Farroupilha adquiriu um caráter separatista, influenciando outros movimentos semelhantes em diversas províncias brasileiras. O desejo de maior autonomia e justiça fiscal catalisou um movimento que, inicialmente, buscava apenas resolver questões econômicas e administrativas, mas que evoluiu para um confronto armado por independência e reforma política.

Fatos e Curiosidades sobre a Revolução Farroupilha
Fatos e Curiosidades sobre a Revolução Farroupilha

Lideres da Revolta Farroupilha

No total a Revolta teve 12 lideres sendo eles os principais:

  • Bento Gonçalves (1788 á 1847)
  • General Antonio de Sousa Netto (1803 á 1866)
  • Coronel Onofre Pires (1799 á 1844)
  • Coronel Manuel Lucas de Oliveira ( 1795 á 1874)
  • General Davi Jose Martins conhecido como Canabarro ( 1796 á 1867)
  • Coronel Jose de Almeida Corte Real (1805 á 1840)
  • Coronel Joaquim Teixeira Nunes (1802 á 1844)
  • Coronel Domingos de Almeida (1797 á 1871)
  • Coronel Domingos Crescêncio de Carvalho (1780 á 1840)
  • General Jose Mariano de Matos (1801 á 1866)
  • General Jose Gomes de Vasconcelos Jardim (1773 á 1854)
  • Capitão Giuseppe Garibaldi (1807 á 1882)

Como surgiu os Farrapos ou Farroupilhas

O termo Farrapos ou Farroupilhas como muitos livros de historia insistem em falar não teve origem por causa das roupas esfarrapadas dos revolucionários. A denominação é anterior a revolução farroupilha e era utilizada para denominar grupos liberais de ideias exaltadas.

Em 1829 começaram a surgir algumas sociedades secretas, uma delas foi a Sociedade dos Amigos Unidos, do Rio de Janeiro, cujo objetivo era lutar contra o regime monárquico. Conforme mencionado por Evaristo Veiga o termo havia sido inspirado nos “sans culottes” franceses, os revolucionários mais extremados durante o período da Convenção (1792 a 1795). Os “sans culottes”, que literalmente quer dizer sem calção, usavam calças de lã listradas, em oposição ao calção curto adotado pelos mais abastados.

Outra versão relata que o fato do termo foi inspirado em roupas rusticas de um dos lideres liberais que se chamava Cipriano Barata, ele vestia-se com roupas despojadas e chapéu de palha. Independente da origem o termo começou a ser aceito em 1831, como designação dos liberais exaltados que, nessa época, publicavam dois jornais no Rio de Janeiro: a Jurubeba dos Farroupilhas e a Matraca dos Farroupilhas.

Características da Revolta Farroupilha

A Revolta dos Farrapos foi caracterizada principalmente por combates de cavalaria e lanceiros. Os revolucionários não possuíam muitas armas ou munições, o arsenal era precário e as vestimentas também eram precárias. Em 1842 o governo brasileiro nomeou Luis Alves de Lima e Silvana época Barão de Caxias.

O Barão de Caxias foi enviado para o Sul com 12 mil homens, e suas ações conciliaram ótima estratégia militar e diplomacia para forçar os estancieiros a renderem-se.

Combates e equipamentos:

  • A Revolta Farroupilha foi marcada por combates predominantemente de cavalaria e lanceiros, explorando as habilidades equestres e marciais da população gaúcha.
  • Os revolucionários enfrentavam escassez de armas e munições, com um arsenal precário que exigia engenhosidade e adaptabilidade.
  • As vestimentas dos Farrapos também eram simples e rústicas, refletindo a realidade de um exército em formação e com recursos limitados.

A ascensão de Caxias e a mudança na guerra:

  • Em 1842, o governo imperial brasileiro enviou Luís Alves de Lima e Silva, na época Barão de Caxias, ao Sul com um contingente de 12 mil homens para conter a rebelião.
  • A nomeação de Caxias representou um ponto de inflexão na guerra. Sua expertise militar e capacidade estratégica redefiniram o curso dos combates.
  • Caxias combinava maestria militar com perspicácia diplomática, buscando conciliação e rendição dos estancieiros, líderes da revolta.

A Revolta Farroupilha, que se desenrolou de 1835 a 1845 no Rio Grande do Sul, foi marcada por combates predominantemente de cavalaria e lanceiros, explorando as habilidades equestres e marciais da população gaúcha. Os revolucionários, apesar da escassez de armas e munições (com um arsenal precário) e vestimentas simples, demonstraram engenhosidade e adaptabilidade em face das adversidades.

Em 1842, a nomeação de Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias, para liderar as tropas imperiais representou um ponto de inflexão na guerra. Sua expertise militar e perspicácia diplomática redefiniram o curso dos combates. Caxias combinava maestria estratégica com habilidade conciliadora, buscando a rendição dos estancieiros, líderes da revolta.

Fatos e curiosidades sobre a revolução farroupilha

  • Duração e Extensão: A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, foi a mais longa revolta provincial do Brasil, durando de 1835 a 1845. Ao todo, foram 3.496 dias de conflito, com 56 grandes combates e cerca de 3.270 mortos.
  • Liderança e estratégia: O grande líder do movimento foi Bento Gonçalves da Silva, um deputado federalista e coronel de milícias. Ele desempenhou um papel crucial na tomada de Porto Alegre e na destituição do presidente da província nomeado pelo governo regencial. Outro líder importante foi David Canabarro, que, junto com Giuseppe Garibaldi, tomou Laguna e fundou a República Juliana.
  • Caráter republicano e separatista: Inicialmente motivada por questões econômicas, como os altos impostos sobre o charque, a revolta adquiriu um caráter separatista e republicano ao longo do tempo. Os rebeldes proclamaram a República Rio-Grandense e, posteriormente, a República Juliana em Santa Catarina, ampliando o movimento separatista no sul do Brasil.
  • Traição e o Massacre de Porongos: Um episódio trágico da revolta foi o Massacre de Porongos, onde muitos lanceiros negros, que lutaram ao lado dos farroupilhas, foram atacados e mortos pelas tropas imperiais. Este evento ocorreu devido a uma traição interna, onde os líderes farroupilhas não conseguiram garantir a liberdade dos escravos que lutaram na guerra.
  • Tratado de Poncho Verde: A guerra terminou em 1845 com o Tratado de Poncho Verde, que concedeu anistia aos rebeldes, incorporou oficiais farroupilhas ao exército imperial e libertou os escravos que haviam lutado na revolta. Este tratado foi visto como uma vitória política para os farroupilhas, mesmo que militarmente tenham sido derrotados.

O Tratado do fim da Revolução Farroupilha

Referente ao tratado de Poncho Verde, houveram negociações que se estenderam por anos e que resultaram na assinatura do tratado em 1845, onde os farrapos reconheceram sua derrota e finalizaram a revolta em troca de determinadas garantias dadas pelo governo imperial.

Nos compromissos assumidos e cumpridos pelo governo estavam:

  • A anistia (perdão) a todos os envolvidos na Guerra dos Farrapos;
  • A imposição de uma taxa alfandegária de 25% sobre o charque produzido na Argentina e no Uruguai;
  • A incorporação ao exército imperial e manutenção da patente dos militares que lutaram pelo exército dos farrapos.

Os compromissos assumidos e não cumpridos pelo governo foram:

  • Permitir que os provincianos gaúchos escolhessem seu próprio presidente de província (correspondente da época para governador);
  • Concessão de alforria para todos os escravos que haviam aderido à luta dos farrapos. Essa questão dos escravos entre os farrapos ainda gera fortes debates entre os historiadores.

O fim da Revolução Farroupilha ocorreu em 1845 com a assinatura do Tratado de Poncho Verde. Após quase dez anos de conflitos, o movimento separatista enfrentou várias derrotas e aceitou negociar a paz com o governo imperial.

O Tratado de Poncho Verde e suas repercussões

A Guerra dos Farrapos, que incendiou o sul do Brasil entre 1835 e 1845, chegou ao fim com a assinatura do Tratado de Poncho Verde em 1º de março de 1845. Este acordo, costurado após anos de árduas negociações, representou a rendição dos Farrapos e o fim oficial da revolta.

Mas como se chegou a esse ponto?

Em 1842, o governo imperial brasileiro nomeou o Barão de Caxias para liderar as tropas imperiais no sul. Sua experiência militar e estratégias reverteram o panorama da guerra, infligindo derrotas significativas aos Farrapos.

A prolongada guerra causou exaustão em ambos os lados, com perdas humanas e materiais consideráveis. Além disso, divisões internas entre os Farrapos enfraqueceram sua coesão e capacidade de resistência.

Diante do cenário desfavorável, os Farrapos buscaram o diálogo com o Império. As negociações, mediadas por Bento Gonçalves, resultaram no Tratado de Poncho Verde.

O que o Tratado de Poncho Verde determinou?

  • Anistia: Os Farrapos receberam anistia geral, com exceção de alguns líderes considerados traidores.
  • Incorporação ao Exército Imperial: Os combatentes Farrapos podiam se integrar ao Exército Imperial, mantendo suas patentes.
  • Livre comércio: O livre comércio entre o Rio Grande do Sul e as demais províncias brasileiras foi estabelecido.
  • Escolha do Presidente: A província do Rio Grande do Sul teria o direito de indicar três nomes para o cargo de presidente, cabendo ao Imperador escolher um deles.

Mas o tratado cumpriu o que prometeu?

  • Anistia Incompleta: A anistia prometida não foi totalmente cumprida, com alguns líderes Farrapos perseguidos e presos.
  • Integração ao Exército: A integração dos Farrapos ao Exército Imperial foi complexa, marcada por desconfiança e ressentimentos.
  • Autonomia Limitada: A promessa de maior autonomia para a província do Rio Grande do Sul não se concretizou plenamente.

O Legado da Guerra dos Farrapos:

Apesar do fim oficial da revolta, a Guerra dos Farroupilha deixou marcas profundas na história do Brasil. A luta por maior autonomia regional, justiça social e melhores condições de vida ecoou em outros movimentos sociais e políticos do país.

A Revolução Farroupilha foi um dos mais importantes e duradouros movimentos de revolta no Brasil, destacando-se pela sua luta por justiça econômica, autonomia política e pela participação de figuras históricas importantes, como Bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi.

Fontes: Wikipedia

Compartilhe


Inscreva-se a nossa newsletter e fique atualizado sobre noticias e novidades!


Publicado por:
Leia fatos científicos, não ficção... Nunca houve um momento mais importante para valorizar o conhecimento baseado em evidências e apresentar os avanços científicos e tecnológicos.

Deixe um comentário


Nome de usuário ou senha incorretos. Perdeu a senha?

Você precisa fazer o login para publicar um comentário. Não tem conta?