Testes de mísseis russos expõem vulnerabilidade de satélites em órbita baixa
A Rússia em 15 de dezembro conduziu um teste de míssil balístico que o Comando Espacial dos EUA condenou como uma ameaça aos satélites...
A Rússia em 15 de dezembro conduziu um teste de míssil balístico que o Comando Espacial dos EUA condenou como uma ameaça aos satélites em órbita.
Nina Armagno, diretora de gabinete do Escritório do Chefe de Operações Espaciais da Força Espacial dos EUA demostrando bastante preocupação disse: “A nação deve fazer algo a respeito”. Parece que o recente teste de mísseis russos mostra como os satélites são vulneráveis e valida a decisão de estabelecer um serviço espacial militar focado na defesa dos sistemas espaciais dos EUA.
“Nossa missão é proteger os interesses dos EUA no espaço e deter a agressão”, disse Armagno.
A Rússia emitiu um aviso aos aviadores de que lançaria um míssil balístico em 15 de dezembro, presumivelmente um Nudol, que pode ser empregado como uma arma interceptora defensiva, mas também pode ser usado para derrubar satélites em órbitas de 100 a 1.200 milhas acima da superfície da Terra. Muitos dos satélites atualmente em órbitas baixas da Terra são espaçonaves comerciais e governamentais usadas para inteligência, vigilância, reconhecimento e comunicações.
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A afirmação do Comando Espacial dos EUA de que foi um teste anti-satélite vem da suposição de que o Nudol pode ser usado para alvejar satélites, mas esses lançamentos também são conduzidos como testes de defesa antimísseis, observou Brian Weeden, da Secure World Foundation. “É improvável que houvesse um alvo real no espaço”, disse Weeden sobre o último teste.
E até o momento não existe confirmação de que algum satélite tenha sido supostamente visado no teste.
O general James Dickinson, comandante do Comando Espacial dos EUA, em um comunicado em 16 de dezembro disse que os testes estão avançando rapidamente e demonstram o crescimento dessas ameaças aos sistemas espaciais dos EUA e aliados”. E completou dizendo: “Estamos prontos e comprometidos para deter a agressão e defender nossa nação e nossos aliados de atos hostis no espaço.”
Atualmente o desenvolvimento e implantação de sistemas antissatélite de ascensão direta não é proibido por quaisquer acordos de controle de armas, observou Timothy Wright, analista militar do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Um porta-voz do Departamento de Estado disse que a ação da Rússia é a “mais recente de um padrão perturbador de atividades espaciais irresponsáveis em curso”.
Testes de mísseis antissatélite demonstram a necessidade urgente de desenvolver e implementar normas de comportamento responsável no espaço sideral. O Departamento de Estado continuará trabalhando com todas as nações espaciais responsáveis para desenvolver tais normas e para enfrentar ameaças aos interesses dos EUA, aliados e parceiros no espaço sideral.
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