Amazon admitiu que às vezes seus funcionários precisam urinar em garrafas
Amazon admitiu que às vezes seus funcionários precisam urinar em garrafas A Amazon se envolveu em alguns problemas de mídia social recentemente,...
A Amazon se envolveu em alguns problemas de mídia social recentemente, quando sua conta @AmazonFC no Twitter tentava refutar as alegações de seu tratamento severo aos trabalhadores e transferir a culpa por tirar vantagem de brechas fiscais. Muitos no Twitter não estavam aceitando, mas também haviam usuários não reais que entraram na briga, ou seja, contas de trolls obviamente.
A Amazon tentou evidenciar nos últimos anos e fortalecer sua reputação como um bom local para trabalhar, chegando até a criar contas falsas para dissipar informação de seu ambiente de trabalho.
Em 2018, relatórios mostraram que a Amazon estava pagando alguns funcionários para elogiar e defender a empresa online. Chamados de embaixadores do centro de atendimento da Amazon e seus atendentes no Twitter, eles também deviam seguir a conta @AmazonFC.
Já nessa época havia usuários que denunciavam que a Amazon também possuía contas falsas para elogiar a própria empresa.
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While Amazon does really pay employees to tweet about how great it is to work there 🙄 (see this 2018 article https://t.co/HtCmEuuKE5),the below account appears to be one of the many fake/troll accounts mocking the process. The tip off is the uneven glasses frames. https://t.co/K4Y0nBkjfVpic.twitter.com/yJ9vARQyQN
— Jack Morse (@jmorse_) March 29, 2021
Posteriormente a conta da Darla e outras foram desativadas.
Nas últimas semanas a empresa se esforçou contestando os relatos de que alguns funcionários urinam em mamadeiras ou garrafas pet porque não têm intervalos adequados para ir ao banheiro. Alguns relatos eram evidenciados com imagens de pets que funcionários da empresa descartavam.
Por meio de trolling nas redes sociais, as pessoas não estão deixando as mensagens corporativas da Amazon passarem despercebidas.
Depois de quase duas semanas dizendo “Não, nossos funcionários definitivamente NÃO precisam fazer xixi nas garrafas enquanto estão no trabalho!”, a empresa ainda reforçou na quarta-feira da semana passada, a conta @amazonnews Twitter tuitou o seguinte:
1/2 Você realmente não acredita na coisa de mijar em garrafas, não é? Se isso fosse verdade, ninguém trabalharia para nós. A verdade é que temos mais de um milhão de funcionários incríveis em todo o mundo que estão orgulhosos do que fazem, e têm ótimos salários e cuidados de saúde desde o primeiro dia.
— Amazon News (@amazonnews) 25 de março de 2021
A resposta agressiva da Amazon foi encorajada pelo CEO Jeff Bezos, que estava frustrado que a Amazon não estava pressionando o suficiente seus críticos.
Mas o tweet se transformou em um fiasco de RP para a Amazon. No dia seguinte, o site vice.com publicou uma matéria com a manchete “Amazon Nega que trabalhadores urinem em garrafas. Aqui estão as garrafas de xixi.” Incluía uma foto de garrafas com urina de um trabalhador da empresa. E ainda observou que este era um tema comum de discussão sobre o subreddit r/AmazonDSPDrivers. Há “dezenas de tópicos e centenas de comentários” com motoristas lamentando sua necessidade de fazer xixi em garrafas, cercas e outras coisas além de um banheiro.
Alguns dias depois a Amazon admitiu que às vezes seus funcionários precisam fazer xixi nas garrafas.
A reclamação original da empresa foi uma resposta atrevida ao representante dos EUA Mark Pocan no Twitter, que tuitou críticas sobre a Amazon se autodenominar “progressista” quando é notoriamente anti-sindical e em meio a reclamações dos trabalhadores sobre intervalos insuficientes para ir ao banheiro.
Em um post de blog, a empresa disse que sabe “que os motoristas podem e têm dificuldade em encontrar banheiros por causa do tráfego ou, às vezes, das rotas rurais.”
“Sabemos que os nossos condutores podem ter problemas para encontrar banheiros por causa do trânsito ou por estarem em estradas rurais, e particularmente por causa da covid-19, muitos banheiros públicos foram fechados”, declarou a empresa num comunicado divulgado na sexta-feira.
Mas de fato não é realmente isso, a maioria das reclamações de funcionários da empresa relatam que de fato não há tempo e que metas ou restrições impostas pela empresa dificultam qualquer parada extra.
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