Sobreviventes do COVID: 1 em cada 3 tem problemas neurológicos ou psiquiátricos
Estudo com mais de 230.000 pessoas mostra que mais de um terço dos sobreviventes do COVID-19 experimentam uma condição neurológica ou doença mental nos...
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Estudo com mais de 230.000 pessoas mostra que mais de um terço dos sobreviventes do COVID-19 experimentam uma condição neurológica ou doença mental nos 6 meses após a infecção.
Um em cada três pacientes também tinha experimentado uma doença psiquiátrica ou neurológica, principalmente transtornos de humor, mas também derrames ou demência, mostra um novo estudo.
Os cientistas por trás do estudo disseram que ele mostra que o Covid-19 está “fortemente associado” com um risco aumentado de desenvolver condições como ansiedade ou transtorno de humor, enquanto pacientes hospitalizados estavam em maior risco de ter um derrame ou uma hemorragia cerebral.
Os diagnósticos para essas condições foram, em média, 44% mais comuns após o COVID-19 do que após outras infecções respiratórias não-COVID, e o risco às vezes aumentou com a gravidade da doença inicial, particularmente para distúrbios neurológicos, disseram os autores do estudo da Universidade de Oxford.
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O estudo analisou mais de 236.000 registros eletrônicos de saúde, a maioria pertencentes aos americanos, e comparou pessoas que tinham COVID-19 com aqueles que não tinham, embora alguns efeitos neurológicos fossem mais comuns em pacientes hospitalizados, esses sintomas foram detectados mesmo em pacientes com casos leves.
Os sintomas mais comuns incluíam ansiedade e transtornos de humor. Complicações neurológicas como derrame, hemorragias cerebrais e demência eram menos comuns.
Desde que a pandemia surgiu e se espalhou pelo mundo em 2020, houve uma série de investigações sobre os efeitos a curto e longo prazo do vírus. O departamento de psiquiatria da Universidade de Oxford observou que há uma preocupação crescente de que os sobreviventes possam estar em risco aumentado de distúrbios neurológicos.
“Um estudo observacional anterior do mesmo grupo de pesquisa relatou que os sobreviventes do Covid-19 estão em risco aumentado de transtornos de humor e ansiedade nos primeiros três meses após a infecção. E até agora, não tínhamos dados em larga escala examinando os riscos de diagnósticos neurológicos e psiquiátricos nos seis meses após a infecção por Covid-19”, disse o departamento.
Mais pesquisas são necessárias sobre o impacto mental e neurológico de uma infecção pelo COVID-19, mas próximo passo é entender como novos tratamentos e descobertas no Estudo de Recuperação financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde afetaram o aparecimento desses resultados médicos e psiquiátricos. A esperança é que novos tratamentos evitem essas complicações.
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